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AVES

Formigueiro-do-litoral (Formicivora littoralis)

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O formigueiro-do-litoral (Formicivora littoralis) é considerada a única espécie de ave endêmica de restinga, com ocorrência relatada apenas para o litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, entre os municípios de Saquarema e Cabo Frio. A espécie se encontra "Criticamente Ameaçada" de extinção nos níveis global e nacional, principalmente devido à acelerada perda do habitat. O Laboratório de Ecologia de Aves vem desenvolvendo pesquisa básica para sanar as lacunas de conhecimento sobre a espécie. Clique aqui para saber mais.

Foto: Luiz Freire

Cabeça-branca (Dixiphia pipra)

O cabeça-branca (Dixiphia pipra) é considerada uma espécie "Vulnerável" no estado do Rio de Janeiro, ocorrendo em áreas de florestas de baixada da Mata Atlântica e da Amazônia. Os machos, que apresentam uma pluamgem mais chamativa, realizam "danças" para cortejar as fêmeas no período reprodutivo. Atualmente integrantes do Laboratório de Ecologia de aves estão realizando estudos sobre frugivoria, dispersão de sementes, ecto e endoparasitismo da espécie. 

 

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Foto: Keila Henud

Foto: Rafael Saint Clair

Papa-taoca-do-sul (Pyriglena leucoptera)

O papa-taoca-do-sul (Pyriglena leucoptera) é uma ave endêmica da Mata Atlântica que ocorre da Bahia ao Rio Grande do Sul, e também na Argentina, Paraguai e Uruguai. É uma espécie territorialista, estritamente associada a formigas de correição e bandos mistos de aves. Restrita a ambientes florestais esta ave é medianamente sensível à fragmentação, sendo afetada particularmente pela distância entre manchas, tendendo a evitar atravessar áreas abertas com mais de 60m. Pesquisas sobre sua dieta e genética vem sendo desenvolvidas no Laboratório de Ecologia de Aves.

Rendeira (Manacus manacus)

A rendeira (Manacus manacus) está distribuída amplamente pelo Norte e Noroeste da América do Sul e no Brasil ocorre na Bacia Amazônica e Mata Atlântica. Habitam o sub-bosque de matas neotropicais, geralmente na borda da mata e em baixas altitudes. Sua dieta consiste basicamente em frutos, o que influenciar na escolha do território de acordo com sua densidade. No período reprodutivo os machos formam arenas de exibição, onde permanece a maior parte do dia, enquanto as fêmeas visitam diferentes arenas.

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Foto: Keila Henud

Tiê-de-topete (Trichothraupis melanops)

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O tiê-de-topete (Trichothraupis melanops) é uma ave da família Thraupidae que ocorre da região sudeste do Brasil até o norte do Rio Grande do Sul, bem como no sul da Bahia, sul do Mato Grosso e sul de Goiás, além da Argentina, Paraguai e Peru. Essa ave é encontrada em floresta, clareiras e bordas de floresta. Geralmente é encontrada em pares ou em pequenos grupos familiares, que comumente fazem parte de bando compostos de várias espécies de aves (bandos mistos). O tiê-de-topete é uma das principais espécies que seguem formigas de correição. Além de insetos, a dieta do tiê-de-topete é composta de frutos, sementes e caramujos. Pode dispersar sementes, sendo, portanto, uma espécie importante na manutenção do ambiente onde vive. Nossas pesquisas com essa ave abordam a relação das diferenças morfométricas em comparação com a composição da dieta em diferentes localidades, além do hemoparasitismo (parasitos no sangue) entre sexos e entre estações do ano.

Cabeça-encarnada (Ceratopipra rubrocapilla)

O cabeça-encarnada (Ceratopipra rubrocapilla) pertence a família Pipridae e ocorre na região amazônica do Brasil, Peru e Bolívia, e na Mata Atlântica do nordeste e sudeste brasileiro. Devido à destruição de seu habitat provocada pelo desmatamento, sua população se encontra bastante reduzida no estado do Rio de Janeiro, sendo categorizada como "Vulnerável". Os machos dessa espécie realizam manobras ou "danças" em poleiros para se exibir para fêmeas no período reprodutivo. Consume principalmente frutos, sendo considerada uma importe dispersora de sementes. 

O rabo-branco-mirim (Phaethornis idaliae) é um beija-flor que vive entre os estados do Rio de janeiro e sul da Bahia, sendo endêmico da Mata Atlântica, e uma das menores aves de que se tem conhecimento, pesando no máximo três gramas. Seu papel na natureza é semelhante ao de outros beija-flores, realizando a polinização de diversas flores no momento em que busca néctar para se alimentar, facilitando a reprodução da planta. Não existe ainda um levantamento sobre o número de indivíduos da espécie, porém há chances dela se encontrar em risco de extinção já que não possui ampla distribuição e encara a fragmentação de seu habitat. O Laboratório de Ecologia de Aves visa elucidar o comportamento e interações da espécie com planta endêmica da Mata Atlântica.

Rabo-branco-mirim (Phaethornis idaliae)

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Foto: Luiz Freire

Sabiá-da-praia (Mimus gilvus)

O sabiá-da-praia (Mimus gilvus) é encontrado no estado do Rio de Janeiro apenas no habitat das restingas. O declínio de suas populações vem sendo observado há cerca de vinte anos e é atribuído, tanto à fragmentação e degradação das restingas, quanto à captura de indivíduos para a criação em gaiolas, por possuírem um belo canto. O sabiá-da-praia é considerado "Ameaçado"  de extinção nos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e M. gilvus antelius (subespécie associada à restingas) é considerado quase ameaçado no Brasil. Sobre sua ecologia neste tipo de ambiente sabe-se, por exemplo, que atua como dispersor de diversas espécies de plantas. Entretanto, mais pesquisas são necessárias para indicar diretrizes para a conservação da espécie. Quantos indivíduos ainda existem e onde ocorrem? Quais as suas preferências de hábitat e alimentares? São essas algumas das perguntas que o Laboratório vem tentando responder ao longo dos últimos anos.

Foto: Maurício Vecchi

Skua-polar-do-sul (Catharacta maccormicki)

Esta espécie de skua é a mais comum da Península Antártica. É uma ave predadora, territorialista e com ampla distribuição.  Durante o período migratório (abril a outubro) pode chegar até a Europa ou aos Estados Unidos. Estudos sobre a biologia reprodutiva, a ecologia do estresse, níveis de contaminação por mercúrio e poluentes orgânicos; além do comportamento da espécie são objetivos de estudos desenvolvidos pelo Laboratório. Já foram defendidas duas dissertações e uma tese com está espécie como objeto de estudo. Está em andamento um Trabalho de Conclusão de curso que inclui informações sobre a mesma. 

Foto: Erli Schneider Costa

Pinguim-antártico (Pygoscelis antarctica)

Esta é a espécie de pinguim mais característica da Península Antártica. Ocorre principalmente nas ilhas da Península Antártica e não é considerada ameaçada. As estimativas populacionais indicam que existem cerca de 7.500.000 pares reprodutores, sendo a espécie de pinguim mais abundante na região Antártica e sub-Antártica. Estudos de contaminantes (poluentes orgânicos e metais pesados), além de análises de estresse, por meio de métodos não invasivos fazem parte das principais atividades que estão sendo realizadas com essas aves pelo Laboratório, em parceria com o Laboratório Eduardo Penna Franca, do Instituto de Biofísica da UFRJ. Já foram defendidas duas dissertações incluindo está espécie e estão em andamento  uma dissertação e uma tese que incluem informações sobre o pinguim-antártico. 

Foto: Erli Schneider Costa

Foto: Fábio Nunes

Tiriba-de-peito-cinza ou Periquito-de-cara-suja (Pyrrhura griseipectus)

A tiriba-de-peito-cinza ou periquito-cara-suja (Pyrrhura griseipectus) é o periquito mais ameaçado de extinção das Américas. Ave exclusivamente nordestina, já foi encontrada em outros Estados da região, porém, devido principalmente a destruição do seu habitat (florestas serranas nordestinas) e à captura ilegal para o tráfico de animais silvestres, acredita-se que a sua distribuição esteja restrita atualmente ao Estado do Ceará, em apenas duas localidades: Serra de Baturité e Monólitos de Quixadá. Segundo o site da organização não-governamental britânica BirdLife International, em 2012 a população de periquito-cara-suja na natureza foi estimada em apenas 250 exemplares.

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