Uso de habitat, táticas de forrageamento de aves aquáticas na Lagoa Rodrigo de Freitas, RJ.

 O projeto investiga as táticas de forrageamento de aves em ambientes aquáticos costeiros, abordando aves aquáticas da Lagoa Rodrigo de Freitas, muitas das quais ocorrem também no ambiente costeiro marinho, como Fregata magnificens, Larus dominicanus e Nannopterum brasilianus. A Lagoa Rodrigo de Freitas, localizada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, possui perímetro de 7,5km e volume de 6.200.000 m³. Possui alto grau de heterogeneidade e eutrofização devido a interferência antrópica. Essa lagoa costeira contribui para a diversidade silvestre no interior de cidades, podendo ser utilizada como fonte de alimentos, local para reprodução e local de descanso para espécies de aves residentes e migratórias, contando com a presença de cerca de 55 espécies, sendo 15 delas espécies aquáticas. O objetivo geral do projeto é determinar o uso de habitat das espécies aquáticas durante seu forrageamento, tendo como objetivos específicos determinar a variedade de alimentos ingeridos pelas aves (I), a composição dos grupos de forrageamento (II), as táticas de forrageamento (III), o microhabitat utilizado (IV) e investigar o tempo utilizado durante o forrageamento (V).

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Reprodução da galinha-d'água (Gallinula galeata) na Lagoa Rodrigo de Freitas, RJ.

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 Outro projeto que está sendo desenvolvido na Lagoa Rodrigo de Freitas investiga a reprodução de Gallinula galeata neste ambiente com alta influência antrópica. Espécies generalistas na dieta e uso do hábitat tendem a aumentar seus tamanhos populacionais em ambientes que não ocupavam originalmente, como G. galeata. Em transeções regulares de 1996 até 2003, ao longo do perímetro da Lagoa Rodrigo de Freitas, essa ave foi detectada pela primeira vez em junho de 1997 pela Profª Drª Maria Alice dos Santos Alves, coordenadora do Laboratório de Ecologia de Aves da UERJ, quando três indivíduos foram pontualmente vistos em vegetação de tifa. Desde então se fixou na lagoa e sua população aumentou, atualmente ocupando todo o seu perímetro, sendo atualmente a ave aquática mais abundante.  O objetivo do nosso estudo é descrever o local em que G. galeata está nidificando, assim como seus ninhos, ovos e filhotes. Por meio de transeções regulares, fomos capazes de registrar ninhos construídos nas margens da lagoa e, com uso de armadilhas, capturamos indivíduos para podermos marcá-los com anilhas coloridas e também metálicas (Autorização nº 1237 - ICMBio/CEMAVE), assim como para os pesarmos, medirmos e coletarmos amostras de sangue, antes de serem liberados de volta à natureza.

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